Na China não celebramos o Natal. Vou, por isso, contar-vos como festejamos a passagem de ano, que é bastante diferente da cultura ocidental. Não mudamos de ano no dia 1 de Janeiro. Este ano, por exemplo, é no dia 23 de Fevereiro.
Os preparativos para a passagem do ano da China começam alguns dias antes da sua chegada. No 23º dia do último mês lunar, os chineses fazem oferendas ao Deus da Cozinha: doces, água e grãos de soja são postos aos pés da sua imagem. Responsável pela prosperidade da família, esse deus é uma espécie de mensageiro, que vai visitar as casas chinesas antes do Ano Novo para registar as coisas boas e coisas más feitas pelos seus moradores e levar seu relatório ao Imperador dos Céus, que decidirá então o que será reservado para aquela família durante o ano vindouro.
Uma antiga lenda conta que na China antiga existia um monstro devorador de pessoas chamado Nian. Ele hibernava durante todo o ano e, a cada 12 meses, acordava e saía caçando pessoas para comer. Por ele ser sensível a ruídos e barulhos altos, os chineses passaram a usar fogos de artifício nesta noite para assustá-lo. Também a cor vermelha lhe era agressiva, razão pela qual se utiliza muito o vermelho nas comemorações do Ano Novo.
No Ocidente da China , os chineses costumam reunir a família em torno de uma mesa farta na noite da véspera do Ano Novo. Os pratos são preparados com antecedência e o cardápio é composto por mariscos, legumes, peixe e galinha, estes dois últimos sempre servidos inteiros para que nada falte no ano que chega.
Outra tradição na China é bastante comum, é os mais velhos presentearem as crianças e jovens solteiros com dinheiro. A quantia é entregue dentro de um envelope vermelho, que não deve ser aberto na frente de quem o está oferecendo.
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